segunda-feira, 30 de junho de 2025

"A VIDA COMEÇA QUANDO A GENTE QUER!" com Sandrinha Andrade


Mais uma figura pública e querida da nossa Maricá (RJ), COMPLETOU ANIVERSÁRIO (ela não informa publicamente sua idade, e prefere manter o segredo para a grande maioria, pois, como sempre se cuidou muito bem, mantem a imagem de menininha) e como temos a certeza de que a vida começa quando nós queremos, até porque muitas dizem que a vida começa aos 40, outras aos 50, algumas aos 60, o que deve acontecer é justamente isso, precisamos ter a certeza de que nossa vida começa quando nos encontramos, quando começamos a nos respeitar, a nos AMAR.

Então, como nunca entendi a expressão “a vida começa aos 40, ou 50...”, e não há como alguém compreendê-la de fato até atingir as fatídicas quatro décadas, ou até ser atingido por elas, como é mais provável. O corpo não acompanha mais a vontade, e as noitadas nos cobram, em dose dupla de ressaca, o preço da farra, nos privando da boemia costumeira que nos permitia cumprir com maestria a árdua missão de sair dois dias seguidos.

Uma simples caminhada é agora um exercício físico diário recomendado pelo médico, e mesmo assim difícil de pôr em prática; palavras e expressões nunca antes mencionadas, como “reeducação alimentar”, “pilates” e até “geriatria” passam a fazer parte do seu vocabulário; emagrecer, não pela estética, mas para equilibrar as taxas, já é um dos maiores e mais dolorosos desafios da humanidade.

Até sua agenda passa a ter mais contatos de profissionais de saúde do que de amigos; visitas à farmácia são, afinal, a mais nova forma de encontrar a sua galera, lugar que também passa a oferecer uma variedade imensa de produtos quase bélicos contra o envelhecimento natural, com suas rugas e linhas de expressão, sem falar nas invisíveis “ites”, cada vez mais frequentes e resistentes.

E de repente, aquela verdade incontestável, de que passei 40 anos fugindo, estava ali no espelho, no aparelho de pressão, e nos “trocentos” complexos exames que o médico passou.

Foi-se a época de se contentar com um hemograma completo, exame de fezes e de urina. Chegou a hora e a vez de vasculhar cada célula do meu organismo, com precisão milimétrica, e exigências preparatórias que vão muito além do simples jejum de 12 horas.

Em alguns casos, nem café ou chocolate, certas frutas, e até nozes, ora bolas, coitadas das nozes que em 39 anos deixei de comer e agora mesmo é que não posso. Lembro que comi chocolate, pequeno pedaço, motivo de adiamento de metade dos exames marcados. Ainda assim, a coleta de sangue enche um, dois, três, até oito tubos, mesmo eu imaginando não ter sangue suficiente em meu braço para tanto.

Corre na esteira, dorme monitorada por um aparelho que espreme seu braço de 15 em 15 minutos, instante em que você precisa estar completamente relax, foda-se o que estiver fazendo, apesar de ter que ser realizado em um dia normal de sua rotina, que, é claro, nunca incluiu uma porra de um aparelho de pressão espremendo seu braço, até então.

Faz um eco, um eletro, compra metade da farmácia, tira o sal, tira o álcool, tira o dia pra pesquisar na internet uma possível análise do resultado dos exames, o que, certamente, só vai piorar o estado de saúde.

Mesmo sem pedir qualquer opinião, ouve especialistas de botequim que chutam diagnósticos variados, como se estivessem num bolão da mega-sena ou da Copa, indo desde “menopausa precoce” até a “síndrome do jaleco branco”, e é quando você percebe que não está só, porque eles também consultaram Dr. Google para chegarem a conclusões tão brilhantes.

E ainda que o médico desminta todos os diagnósticos que a internet, seus amigos, e até você própria se deu, e seja claro ao falar que “você não vai morrer disso; tem que arranjar outra coisa pra morrer”, está aceso o alerta. Até então, era como se o mundo pudesse acabar amanhã, mas você sobreviveria ileso. 

A finitude bate à porta e você se dá conta que precisa fazer um certo esforço pra que ela não entre com violência, para que chegue de mansinho, passe um longo tempo na varanda, apreciando a paisagem.

E da janela você vê, em letreiro luminoso, o aviso que reforça, a cada novo dia, aquela verdade incontestável, que deve ter dado origem à expressão “a vida começa aos 40”: a certeza da morte, talvez, seja o grande estímulo pra vida. Então pare de ler essa besteira, meu amigo, e viva, por que na verdade, A VIDA COMEÇA QUANDO A GENTE QUER!

E nossa querida Sandrinha (parabéns) é um grande exemplo, de que a vida começa DIARIAMENTE e quando ela quer!


Modelo: Sandrinha Andrade
(funcionária pública municipal)
Texto: Pery Salgado (jornalista)
Realização: PR PRODUÇÕES





PRICILLA DARMONT BRILHA NO ARRAIÁ PEDAGÓGICO DA FAZENDA ITAOCAIA


 O domingo 29 de junho (dia de São Pedro), foi literalmente iluminado e abençoado para os participantes do 2º ARRAIÁ PEDAGÓGICO DA FAZENDA ITAOCAIA (em Itaipuaçu), realizado pela incansável guerreira Andréa Santana.

Com uma série de atividades artísticas, sociais e filantrópicas, culturais e desportivas, o evento teve como principal mote, a preservação da Fazenda e a arrecadação de verba para o pagamento de mais uma cota de IPTU da tradicional e histórica fazenda (um dos caminhos de Darwin no Brasil) que não recebe NENHUM APORTE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE MARICÁ (absurdo!!!), a artesã e artista plástica Pricilla Darmont foi um dos destaques apresentando suas magníficas esculturas, quadros e os já conhecidos e tradicionais aromatizadores com cunho terapêutico.

O evento começou às 9 horas indo até às 18 horas, com excelente e variada gastronomia, música caipira e presença de bom público que veio de diversos cantos de Maricá e da região oceânica de Niterói (como constatou nossa reportagem), a confraternização foi grande.

Além do CULTURARTE e do BARÃO DE INOHAN que apoiaram e divulgaram o evento, a TVi (TV Itaipuaçu) esteve presente também cobrindo o evento.

Andrea Santana declarou à nossa reportagem que se sentiu muito feliz com o resultado final, mas que pede que a prefeitura de Maricá olhe com mais carinho para esse patrimônio cultural brasileiro.

Pricilla Darmont disse que a alegria de conversar com as pessoas, trocar informações, passar seu conhecimento aos aromas e suas funcionalidades e ver as pessoas admirando e adquirindo suas esculturas e obras de arte é para ela o grande prêmio:

"É muito bom participar de eventos como esse, onde trocamos ideias, informações e principalmente quando passamos algo de bom e ao final recebemos o sorriso, o abraço, o agradecimento pela atenção que disponibilizamos. É uma troca fantástica, e muito bom também saber que estamos indo com nossa mensagem e nossa boa energia, sejam com os aromatizadores, seja com nossas esculturas e o quadros, para a casa de alguém onde levamos não só arte, mas amor e boas energias do astral superior", finalizou.






sábado, 28 de junho de 2025

PRESA POR VESTIR CALÇA! Seu ato, libertou as mulheres! 'Helen Hulick'

 A professora que foi presa por usar calças


Helen Hulick não era uma ativista profissional. Ela era uma professora de jardim de infância, jovem, determinada e com uma convicção inabalável. Tinha 29 anos quando, em 1938, foi intimada a testemunhar em um tribunal de Los Angeles contra dois ladrões.

Apareceu com o que era natural para ela: um par de calças.

Mas o juiz Arthur S. Guerin não viu assim. Interrompeu-a e adiou a audiência. Não pelo caso. Não por causa de uma questão técnica legal. Fê-lo porque, segundo ele, Helen não vestia “de forma adequada”.

Cinco dias depois, Helen voltou a apresentar-se. Com calças, mais uma vez. Desta vez não para testemunhar, mas para defender algo muito maior: a sua dignidade. O juiz ficou indignado. Ele disse que suas roupas distraiam todos, até os presos. Ordenou que lhe fosse aplicado um castigo por desobediência ao tribunal.

Helen foi mandada para a prisão por cinco dias. Não por um crime, mas por se atrever a vestir como queria.

Da sua cela, ele não recuou. Declarou publicamente que não usaria um vestido só para agradar um juiz. Seu caso chegou ao Supremo Tribunal da Califórnia, que finalmente revogou a decisão. Helen tinha vencido.

Graças a ela, as mulheres tiveram o direito de usar calças em tribunal americano.

O que começou como uma simples decisão pessoal tornou-se um ato de resistência. Helen Hulick não defendeu apenas suas calças: defendeu a liberdade de cada mulher ser e vestir-se como escolher.






Raul Seixas, 80 anos: Maluco Beleza ainda é 'mosca na sopa' e segue vivo no imaginário popular


 Nome fundamental da música brasileira, Raul conseguiu atingir as massas e atravessa gerações com rebeldia, crítica social e um legado que resiste ao tempo. Raul, 80 anos, baiano completaria oito décadas de vida em 28 de junho.

Desde a infância em Salvador, Raul Seixas queria ser famoso. Leitor voraz de filosofia e apaixonado por cinema, encontrou na música – especialmente no rock – o meio de realizar seu plano. Era tão bom ator que fingiu ser cantor e compositor e todo mundo acreditou, como disse certa vez. Misturou, em sua antropofagia única, Elvis e Luiz Gonzaga, anarquizou a música popular brasileira, colocou, com rebeldia, inteligência e humor, o dedo nas feridas nacionais e, sem fazer concessões, ousou imaginar uma sociedade sem fronteiras e governos.

No sábado (28), ele completaria 80 anos. A obra do Maluco Beleza, morto em agosto de 1989 aos 44 anos, segue viva, relevante e atravessando gerações com o frescor e a vitalidade de quem sempre tem uma novidade para contar e um novo mundo a descortinar.

Baiano que não andava com os conterrâneos da MPB, roqueiro que ridicularizava o rock brasileiro dos anos 1980 e desprezava a bossa nova, Raul foi essencialmente um outsider – contestador de todas as regras, subverteu-as para criar seu próprio manifesto libertário e encontrou uma legião que continua se identificando com o seu discurso atemporal.

Companheira de Raulzito entre 1979 e 1985, Kika Seixas ainda se impressiona com a longevidade e o sucesso inabalável do cancioneiro raulseixista. “Ele dizia para mim, sem arrogância nenhuma, que tinha certeza de que não iria morrer, de que sua obra permaneceria eterna. E aí está”, diz.

Autor de canções que se transformaram em hinos inabaláveis e álbuns que resistem à passagem do tempo, Raul lançou, de 1968, com “Raulzito e Os Panteras”, ao derradeiro “Panela do Diabo”, em 1989, dezenas de álbuns, sustentados por sucessos igualmente duradouros.

Para o jornalista e escritor pernambucano Rogério Medeiros, autor de “Eu Sou, Eu Fui, Eu Vou – Uma Biografia de Raul Seixas”, lançado em abril, a idolatria ao artista nunca deixou de existir muito em função de um certo magnetismo que caracteriza as canções do artista. 

“Ao falar muito de si, e ao mesmo tempo se colocar em diálogo com o ouvinte, que pensa, reflete e participa, ele conseguiu ser popular, atingir as massas e fazer uma música que grudasse no ouvido das pessoas. Raul chega aos 80 com muito fôlego e força”, pondera o escritor.

Fã do baiano desde criança, o ator Ravel Andrade, que vive o compositor na série “Raul Seixas: Eu Sou”, cujos oito episódios já estão disponíveis no Globoplay, também enxerga esse vigor na música de Raul: “A obra dele nunca vai envelhecer. Ele tinha um grito de liberdade e isso é completamente atual para os tempos de hoje e os tempos futuros”.

Mensageiro popular

Marco Mazzola esteve ao lado de Raul Seixas em momentos cruciais da carreira do artista. Ao todo, Mazzola produziu seis discos de Raul Seixas, incluindo a trinca “Krig-ha bandolo” (1973), “Gita” (1974) e “Novo Aeon” (1975). No mercado fonográfico brasileiro, o carioca talvez seja a pessoa que melhor pode falar sobre o baiano.

Além da criatividade e da originalidade características do roqueiro, Mazzola enxerga outro aspecto que faz com que Raul Seixas seja ainda tão onipresente no nosso dia a dia: uma apurada sensibilidade para conseguir capturar ouvidos e mentes de gerações tão diversas há mais de meio século em todos os cantos do país.

“Ele queria melodias e harmonias mais simples possíveis para poder ressaltar o conteúdo e as mensagens das letras. ‘Se eu ficar fazendo acordes de bossa nova, as pessoas não vão prestar atenção na minha letra’, ele me dizia. Eu encaro o Raul como um inventor de música. Ele parece estar vivo”, define Mazzola.

Deslocamento

O compositor, produtor e vocalista do Barão Vermelho, Rodrigo Suricato, desde muito cedo se interessou pelo deboche e pela ironia presentes nas canções de Raul. Ao se aproximar da obra do cantor, Suricato encontrou uma paisagem sonora simples, com poucos acordes, que acabou por evidenciar o conteúdo das letras do baiano, facilmente assimiláveis.

“Acredito que o refinamento do Raul esteja no próprio Raul, uma figura forte e complexa que conseguia sustentar seu discurso através de uma performance encantadora”, destaca.

Ao contrário do que acontece com os medalhões octogenários da MPB, que pisam em solo fértil de representantes de seus legados, Suricato avalia que, embora permaneça relevante e atemporal, “um artista como Raul Seixas é algo impensável para os dias de hoje”. O músico adoraria que o deboche e o sarcasmo típicos do Maluco Beleza também caracterizasse os novos artistas.

“Mas vivemos em outro tempo. Se estivesse vivo, tenho certeza de que ele já teria sido cancelado algumas vezes”, comenta o Suricato, que emenda: “Para mim, a obra do Raul chega aos 80 com sensação de deslocamento, num país assumidamente conservador e menos tolerante à ironia, à poesia e à autenticidade”.








quinta-feira, 26 de junho de 2025

A ROUPA NOVA DO REI

 


Uma conto de fadas publicado em 1837, escrito por Hans Christian Andersen, contudo, 'tão', tão... atual!

A ROUPA NOVA DO REI!!!

Um bandido, fugindo de outro reino, decidiu se esconder e fingir ser um alfaiate nas novas terras. Muito malandro, o bandido, o "novo alfaiate" conquistou a todos e até conseguiu uma audiência com o Rei.

"Nas terras distantes de onde vim, inventei uma forma de tecer a melhor de todas as roupas!" disse o farsante alfaiate. E continuou "Consigo tecer uma roupa que somente os inteligentes conseguem ver!".

O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao bandido que fizesse uma roupa dessas para ele.

O bandido recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios invisíveis. Todos passavam na frente da alfaiataria e ele não parava de fazer sua performance: puxava panos, cortava o ar, olhava com cara de quem poderia fazer melhor, refazia e pendurava nada no mancebo.

E assim o fez por semanas, enquanto recebia o dinheiro do rei. Claro que todas as pessoas que passavam pela janela alegavam ver o tecido, para não parecerem estúpidas.

Até que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus ministros quiseram ver o progresso do suposto "alfaiate". Quando o falso tecelão mostrou a mesa de trabalho vazia, o rei exclamou: "Que lindas vestes! Fizeste um trabalho magnífico!", embora não visse nada além de uma simples mesa, pois dizer que nada via seria admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para ser rei.

Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo trabalho do bandido, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente ou incapaz. O bandido garantiu que as roupas logo estariam completas, e o rei resolveu marcar uma grande parada na cidade para que ele exibisse as vestes especiais.

Durante o evento, contudo, uma criança, inocente e sincera, gritou "O rei está com a banguela de fora!". O grito é absorvido por todos, A sinceridade e o olhar da criança tocou a todos. Os burburinhos começaram e todos começaram a confessar que não enxergavam a nova roupa do rei.

O rei, sempre incomodado por nunca sentir nem o peso da roupa, se encolhe por um segundo. 

Há versões em que dizem que o bandido foi punido, mas há também versões em que o rei faz pose, ostentando sua "roupa" e fazendo todos ficarem em dúvida se havia mesmo ou não uma vestimenta...

"Qualquer semelhança com figuras, locais e tempos atuais é mera coincidência!!!"

Texto enviado pela professora Kátia Cruz
Imagens: arquivo CULTURARTE
Realização: PR PRODUÇÕES