Mais de 1 milhão de pessoas eram esperadas para o desfile deste ano, no Centro do Rio. 'Eu queria morrer no Bola', diz ex-musa do bloco.
Há cem anos, o sábado de carnaval no Rio começa embalado pela folia do Cordão da Bola Preta. Neste ano, mais de 1,5 milhão de pessoas eram esperadas para festejar junto com o bloco mais tradicional da cidade o marco histórico do bloco.
“A emoção é exatamente igual à que os fundadores sentiram quando
conseguiram fundar o Bola Preta peitando o chefe de polícia que não
queria permitir a fundação do cordão. A emoção é exatamente a mesma,
igualzinha”, afirmou Pedro Ernesto Augusto Marinho que há 11 anos
preside o Bola Preta.
Os foliões começaram a se aglomerar no Centro do Rio antes das 7h. Em
meio à concentração, uma foliã se destacava – não pela fantasia, mas
pela emoção estampada no olhar. Aos 83 anos, Maurília Possas se orgulha
por ter a história pessoal marcada pelo branco e preto do Cordão que
acompanha há 58 carnavais.
Ela contou ao G1 que se orgulha de ter sido a primeira
Rainha-Moma do Carnaval do Rio, em 1961. Além disso, foi como
Porta-Estandarte do Bola Preta por 10 anos e três anos como Mamãe Noel.
Foliã inveterada, a atriz Leandra Leal carrega o estandarte do Cordão da Bola Preta há dez anos. Ela afirmou que o desfile deste ano é mais que especial para ela.
“Eu estou super emocionada hoje, mesmo. Cem anos de um bloco de carnaval
é cultura, é resistência, é amor. Não é uma escola de samba, é um bloco
de rua, que está há 100 anos na rua, ocupando a rua", disse a atriz.
O desfile do Bola Preta teve início por volta das 10h. A festa começou
com a multidão cantando em coro o “Parabéns a você”, que foi seguido por
“Cidade Maravilhosa”.
