domingo, 23 de novembro de 2025

Carta marcada após polêmica? Mexicana Fátima Bosch vence o Miss Universo 2025


A coroação de Fátima Bosch como Miss Universo 2025 encerrou semanas de tensão e transformou a candidata mexicana em símbolo de autenticidade e resistência. Depois do confronto público com um executivo do concurso, o episódio que gerou apoio massivo nas redes abriu caminho para uma vitória carregada de significado político e feminista para muitos e pelo fato vergonhoso do organizador do concurso, foi carta marcada para outros.

A mexicana Fátima Bosch (25), chorou ao ser anunciada como Miss Universo 2025 na noite da quinta (20/11), em cerimônia realizada na Tailândia. A vitória encerra uma trajetória marcada não apenas pelo preparo técnico, mas por um episódio de humilhação que ganhou repercussão internacional no início da competição, e que para muitas, ali se desenhava a conquista do título pela mexicana, ou seja, para compensar a humilhação, a carta estava marcada para que a mexicana ganhasse o concurso. Confira abaixo o momento do insulto:

A candidata havia sido insultada pelo coordenador do Miss Universo Tailândia, Nawat Itsaragrisil, que fez comentários depreciativos sobre ela durante uma transmissão pública.

A repercussão negativa obrigou Nawat a se retratar e pedir desculpas oficialmente. O caso gerou indignação entre fãs e profissionais do concurso, além de mobilizar apoio à mexicana.

Respostas que marcaram a competição

Apesar das tentativas de silenciá-la, as respostas de Fátima durante a fase final a colocaram entre as favoritas. Questionada sobre como usaria a plataforma do Miss Universo para empoderar meninas, ela emocionou o público:

Como Miss Universo, vou dizer a elas: acredite no poder de sua autenticidade, acredite em si mesma, porque seus sonhos importam, seu coração importa. E nunca deixe ninguém duvidar do seu valor, porque você vale tudo e sua voz precisa ser ouvida”, declarou.

Em outra resposta, sobre tornar o mundo mais seguro para mulheres, reforçou seu compromisso social:

Como mulher e como Miss Universo, vou colocar minha voz e meu poder para atender o próximo, porque estamos aqui para trazer mudança e fazer tudo melhor. Somos mulheres, aquelas que podem estar de pé e que vão fazer história.

O discurso ganhou destaque nas redes e entre comentaristas do evento.

Apoio da organização ou cartas marcadas?

Após o episódio de hostilidade sofrido pela mexicana, o presidente do Miss Universo, Raúl Rocha, divulgou um vídeo demonstrando “indignação e repúdio” às declarações de Nawat. Rocha, que é empresário mexicano e detém parte dos direitos da marca após a recente reestruturação da franquia, endossou publicamente o apoio à candidata.

A final do Miss Universo 2025 contou com cinco candidatas no Top 5:

1º lugar: Fátima Bosch (México)

2º lugar: Veena Praveenar Singh (Tailândia)

3º lugar: Stephany Abasali (Venezuela)

Top 5: Ahtisa Manalo (Filipinas) e Olivia Yacé (Costa do Marfim)

Ao todo, 121 participantes dos cinco continentes disputaram a coroa que, até então, estava com a dinamarquesa Victoria Kjaer Theilvig, Miss Universo 2024.

Participação brasileira

A piauiense Maria Gabriela Lacerda, 22, representante do Brasil no Miss Universo 2025, foi eliminada do concurso antes de chegar ao top 12.

Maria Gabriela desfilou pela passarela de trajes típicos nacionais na quarta-feira (19/11), com um figurino em homenagem a Nossa Senhora Aparecida.

No Instagram, ela justificou a escolha do vestuário. "Neste palco, eu não visto apenas um traje: eu visto a história, a fé e a identidade de um povo. Cada detalhe deste traje típico homenageia Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, cuja luz atravessa gerações e simboliza resistência", disse.

O concurso foi transmitido no Brasil pelo RecordPlus e pelo portal R7, com apresentação de Michelle Barros e comentários de Natália Guimarães e Cris Barth (foto abaixo).

A cerimônia começou às 22h (horário de Brasília) com a apresentação das 121 candidatas. O Top 12 foi formado por Chile, Colômbia, Cuba, Guadalupe, México, Porto Rico, Venezuela, China, Filipinas, Tailândia, Malta e Costa do Marfim.

As semifinalistas desfilaram com vestidos de gala, etapa decisiva para a escolha do Top 5. Na sequência, as finalistas responderam às perguntas eliminatórias que levaram ao anúncio da vitória da mexicana.

Durante o evento, o presidente do Miss Universo confirmou que Porto Rico sediará a edição de 2026 — a ilha já havia sido palco do concurso em 2001.

Quais os países que mais ganharam a coroa de Miss Universo?

Os Estados Unidos é o país recordista de títulos do Miss Universo. As representantes americanas já venceram o concurso nove vezes (1954, 1956, 1960, 1967, 1980, 1995, 1997 - foto abaixo, 2012 e 2022).

O segundo lugar fica com a Venezuela, que já levou a coroa sete vezes (1979, 1981, 1986, 1996, 2008, 2009 e 2013 - foto abaixo).

Porto Rico completa o pódio com cinco vitórias (1970, 1985, 1993 - foto abaixo, 2001 e 2006), seguido de perto pelas Filipinas (1969, 1973, 2015 e 2018).

O Brasil, por sua vez, venceu o Miss Universo duas vezes: em 1963 (foto abaixo), com a gaúcha Ieda Maria Vargas; e em 1968, com a baiana Martha Vasconcelos.

Seis outras brasileiras também já chegaram na segunda colocação:

Martha Rocha (1954);

Terezinha Morango (1957);

Adalgisa Colombo (1958);

Rejane Goulart (1972);

Natália Guimarães (2007 - foto abaixo); e

Julia Gama (2020).

O ponto alto da participação brasileira no concurso de 2025, foi a belíssima indumentária que Maria Gabriela apresentou. 


E ao final, uns dizem que a justiça foi feita pelos maus tratos que a candidata do México sofreu. Sejamos honestos: várias candidatas se apresentaram tão bem quanto ela e fisicamente são mais bonitas do que Fátima Bosch, o que não deveria ser demérito à ela, mas o que acabou suscitando dúvidas ao resultado, foi o fato do diretor geral do Miss Universo, ser um mexicano. Tirem suas conclusões!