Alinne pulou do prédio.
Dizem que o que a matou foi a atitude do noivo de ter terminado com ela um dia antes do casamento, por uma mensagem via Whatsapp.
Alinne decidiu prosseguir com a festa e a cerimônia. Resolveu se casar sozinha.
As pessoas atrás da tela do celular comentavam incansavelmente nas suas redes sociais dizendo que ela queria se promover, que era frescura, que a conta de Instagram que ela tinha para falar sobre sua depressão era apenas para se promover...
Do outro lado, no Instagram do noivo, enxurrada de comentários com todo tipo de ofensas.
No dia seguinte, Alinne pediu que parassem de julgá-la e que não fizessem o mesmo com o noivo, pois ela não tinha raiva dele.
Não pararam.
Alinne cansou. Pulou do 9° andar do prédio em que morava.
Agora, o foco é o noivo. Xingamentos, ofensas e julgamentos.
Parem! Apenas parem.
Ninguém sabe o que se passa na vida e na cabeça de outra pessoa.
Ele teve os motivos dele para não subir no altar. Ela teve os motivos dela para seguir com a festa.
As pessoas estão adoecendo com tanto desamor, com tanta falta de empatia.
O que matou Alinne foi a dor de tantos dedos apontados, não foi o noivo.
Esse mesmo motivo agora pode matar o noivo, então vocês ficariam felizes?
Eles poderiam conversar, resolver a situação e ser felizes. Ele poderia tirar a dor dela e ela, poderia entender os motivos dele.
Mas não deu tempo.
A pressão do julgamento dói muito.
Aprendam a não ferir ainda mais o próximo com suas palavras tóxicas!
Aprendam a se calar quando for necessário.
Aprendam que a vida, as dores e as decisões dos outros não são da sua conta.
Aprendam a não dar palpites, a não julgar, a não deixarem o outro numa situação pior do que ele já está!
Aprenda!!!! E pare!!! Enquanto há tempo!