O atleta maricaense e integrante da equipe brasileira paralímpica de bocha, Lucas Ferreira de Araújo, de 25 anos, morador de São José de Imbassaí, conquistou o vice-campeonato BISFed Open Mundial disputado no início de maio, em Montreal, no Canadá.
Ao todo, 11 atletas representaram o Brasil na competição, que valeu pontos no ranking para classificação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. Ao todo, participaram das disputas 100 atletas de 22 países.
Lucas foi o único jogador do Rio de Janeiro a participar do time que alcançou a medalha de prata por equipes. Ele tem o apoio da Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Esportes.
Portador de paralisia cerebral, Lucas ressaltou que o apoio da Prefeitura foi vital para a conquista.
“Eles liberaram a quadra do Caju para eu poder treinar três vezes na semana por seis meses, antes e depois da competição. Foi importante”, celebrou o atleta, que acredita que a bocha pode se tornar um esporte popular no futuro. “Falta muito ainda, mas percebo que aumentou o número de pessoas praticando”, observou.
Para o secretário de Esportes de Maricá, Filipe Bittencourt, Lucas é mais um talento que a cidade ajuda a revelar.
“O esporte de Maricá vem se destacando e revelando grandes atletas em diversas modalidades esportivas. Ter um atleta como o Lucas nos faz ter a certeza absoluta de que estamos indo pelo caminho certo, incentivando a prática esportiva e tendo a inclusão como uma das nossas prioridades”, ressaltou.
O que é a BOCHA?
As origens da bocha remetem à época do império romano. O jogo consiste em lançar bolas (chamadas de bochas) e situá-las o mais perto possível de um bolim (bola pequena), previamente lançado.
O adversário, por sua vez, tentará situar as suas bolas mais perto ainda do bolim, ou “remover” as bolas dos seus oponentes. As laterais devem ter dimensões de 30,50 metros de comprimento, 4 metros de largura e altura uniforme de 30 cm.