terça-feira, 19 de março de 2019

FOI ASSIM QUE MORRI! (Violência contra a mulher) por Priscilla Motta de Queirós


Ele me chamou para sair
No primeiro encontro falou que eu estava bonita, mas falou que não precisava usar tanto decote, eu sorri
Começamos a namorar, ele falou que a minha amiga Carla era muito safada, que não era boa companhia
Eu, não falei nada, nem com a Carla eu falei mais
Ele me pediu em casamento
E reclamou da cor do meu batom, falou que eu parecia uma vadia
Eu não falei nada, eu concordei e troquei para um tom nude
Nos casamos, juramos amor eterno
No primeiro mês ele me trouxe flores
No segundo mês reclamou que o arroz queimou e jogou a panela longe, me fez arrumar toda cozinha e a ficar sem comer por dias, eu aceitei, afinal ele estava certo
Nos próximos meses ele me obrigou a fazer sexo por várias horas, eu aceitei, afinal essa era minha obrigação como mulher


Ele me bateu, eu dei desculpa de que havia caído
Ele me trancou em casa, eu disse que era porque ele tinha medo da violência
Ele me matou, e eu não tenho mais desculpas a dar por ele!

O que te repreende não é amor
O que não te respeita não é amor
O que te cala não é amor!!!


Não se cale, denuncie
Não se submeta a um relacionamento abusivo, escolha viver

Por Priscilla Motta de Queirós